A crise econômica que assolou o país atingiu alguns setores de forma mais contundente do que outros, como é o caso da educação privada. Escolas e faculdades vêm travando grandes batalhas para manter suas empresas ativas, gerando empregos, recolhendo impostos e, acima de tudo, educando pessoas para a vida. Mais do que ensino formal, é no ambiente escolar que importantes relações são construídas, desde a primeira infância até entre os mais maduros. Garantir a continuidade dessas atividades é mais do que uma questão econômica, é de foro social.

Neste processo de readaptação, a recuperação judicial pode representar uma alternativa saudável para que as empresas do setor educacional possam ganhar fôlego e continuar no mercado. Essa ferramenta jurídica já foi adotada por empresas de ensino que precisaram se adaptar aos novos modelos de atuação no mercado, como a companhia de ensino Educação Metodista do Rio Grande do Sul e a Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro.

De alguns anos para cá, grandes grupos se formaram e acabaram aumentando a participação com a aquisição de empresas menores e locais. Com isso, reduziu a concorrência, mas ela se tornou mais agressiva, dificultando a competição em paridade.

Outro fator que trouxe impactos para segmento educacional foi o conjunto de alterações nos programas de financiamento público para educação, que já previam a redução de vagas mesmo antes da pandemia. Mais da metade dos alunos nas instituições de ensino superior tinha mensalidade custeada, mesmo que em parte, pelo Financiamento Estudantil (Fies).

Fonte: https://www.olhardireto.com.br/artigos/exibir.asp?id=13357&artigo=um-olhar-para-nossas-escolas